Do nada, você percebe que a sobrancelha está ficando mais rala e que a testa vai parecendo maior do que era há um tempo atrás? Fique sabendo que isso pode ser um dos sintomas da alopecia frontal fibrosante.
Essa é uma condição que causa a perda de cabelos e pelos em mulheres e ela é permanente, tendo sido descoberta ainda em 1994 na Austrália, embora ainda seja de difícil diagnóstico e pouco conhecida.
Um dos grandes problemas é que muitas pessoas e profissionais ainda associam a queda de cabelo causada pela alopecia frontal fibrosante com algo da idade, com a menopausa ou com algum tipo comum de calvície, que acontece com mulheres, mas é mais raro.
Mais do que isso, alguns associam até mesmo com a alopecia por tração, que acontece quando o cabelo é preso com muita força por muito tempo, tracionando a raiz.
No entanto, o que é preciso ressaltar que são todas condições bem diferentes e, para que seja possível tratar cada uma delas, claro, é preciso que se tenha primeiramente um diagnóstico correto.
Isso porque é possível controlar a queda que acontece nos casos de alopecia frontal fibrosante, mas é essencial procurar a ajudar de um médico para que se tenha um diagnóstico adequado,
Então, se você está mesmo interessado e quer saber um pouco mais sobre a alopecia frontal fibrosante, continue lendo e descubra tudo o que você precisa saber sobre esse assunto.
Como foi o surgimento da alopecia frontal fibrosante?
De uma forma geral, toda a queda de cabelo recebe um nome técnico que é alopecia, incluindo aquelas condições que fazem os homens ficarem completamente carecas.
O nome que vem em seguida de “alopecia” é o que irá determinar o tipo da queda que está acontecendo.
Um dos tipos mais comuns que temos atualmente é a alopecia areata, na qual os fios caem em forma circular, levando o topo da cabeça a ficar completamente sem pelos.
Embora ela seja uma condição autoimune, se for corretamente diagnosticada e tratada os cabelos podem voltar a crescer normalmente. Para quem não sabe, uma doença autoimune é quando o próprio organismo ataca o corpo, ou seja, nesse caso, o sistema imunológico ataca os folículos pilosos e os “mata, fazendo o cabelo afinar e cair naquela região.
Já na alopecia frontal fibrosante, tanto a raiz do cabelo quanto os outros pelos do corpo são afetados de forma permanente, não sendo reversível. Isso porque a raiz do cabelo sofre o que se chama de fibrose, que dá origem ao nome da doença.
Por outro lado, depois que o problema é devidamente diagnosticado, é totalmente possível controlá-lo, evitando que a condição continue evoluindo. No entanto, não é possível fazer com que os cabelos que já caíram voltem a crescer.
Até hoje ainda não se sabe exatamente quais são as causas da alopecia frontal fibrosante, mas é sabido que ela afeta majoritariamente as mulheres, sendo que 98% dos diagnósticos são no público feminino e apenas 2% no masculino.
Mais do que isso, não há uma faixa etária definida e a condição também não está associada com outros tipos de alopecia.
Umas da hipóteses mais conhecidas é a de que a alopecia frontal fibrosante possa estar ligada a alguns ingredientes presentes em cremes e protetores solares, visto que são utilizados no rosto com mais frequência por mulheres.
No entanto, é importante ressaltar que deve-se considerar a condição de uma forma multifatorial, ou seja, incluindo diversos fatores como predisposição genética, condição hormonal, fatores ambientais e outros.
Tratamento e diagnóstico
Primeiramente, é essencial estar atento aos sinais do problema, que costumam se manifestar primeiramente nas sobrancelhas, que começam a apresentar uma perda de pelos que não nascem novamente.
Não é incomum que, no caso da perda de pelos, a mulher acredite ter depilado demais a sobrancelha e acabe recorrendo à realização de um procedimento de micropigmentação.
É preciso ter muita atenção a isso, pois pode acabar atrasando bastante o diagnóstico, segundo especialistas.
Um outro sintoma que deve sempre ser considerado é o surgimento de manchas avermelhadas na pele, que podem ser confundidas com rosácea.
Nesse caso, a alopecia frontal fibrosante pode estar associada com outras condições, tais como o lúpus e até mesmo algum tipo de reação de hipersensibilidade a medicamentos ou cosméticos.
Essas também são condições que podem atrasar a descoberta do problema e a obtenção de um diagnóstico correto.
É importante também ter atenção para outros sintomas, como a sensação de ardor ou coceira na região da testa, na linha em que os cabelos começam.
O mais importante é sempre procurar um médico dermatologista, pois é ele que pode realizar os exames necessários para um diagnóstico correto. Nesse caso, por exemplo, pode ser solicitada a coleta de material para a realização de uma biópsia.
Mais do que isso, mesmo não sendo possível recuperar os fios que já forma perdidos, um tratamento adequado pode frear o avanço da alopecia frontal fibrosante e deter sua evolução.
Nesse caso, a queda de cabelo pode entrar no que os médicos costumam chamar de remissão, que é quando a doença fica dormente e não se manifesta mais.
Pronto, agora você já sabe um pouco mais sobre a alopecia frontal fibrosante, o que é e como proceder no caso de suspeita desse problema!